Dor de cabeça ainda é principal queixa em consultórios neurológicos

//, Notícias/Dor de cabeça ainda é principal queixa em consultórios neurológicos

 

Neste domingo (2) é celebrado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, que é o termo médico utilizado para definir um problema de saúde recorrente em todo o mundo: a dor de cabeça. De acordo com a Classificação Internacional de Cefaleia, são cerca de 250 tipos diferentes desta dor, que tem a enxaqueca como a mais comum. Por ser tão variada e atingir uma parcela significativa da população, os médicos alertam para o fato de ela ser a causa de uma prática danosa à saúde, que é a automedicação.

 

A dor de cabeça é a principal queixa de pacientes em consultórios de neurologistas. Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que quase 90{6d857a5eddbb2921316bbb2a854dfee372799a40158188d54804cd1fbb972595} da população sentirão algum tipo de dor de cabeça pelo menos uma vez na vida. Para o jornalista André Linhares, por exemplo, que tem 24 anos, a convivência com o problema começou ainda na infância.

“Já passei por vários especialistas e, até hoje, não consegui um diagnóstico específico. Quando fiz um tratamento com o oftalmologista e comecei a usar óculos, as dores de cabeça pararam por um tempo, mas depois voltaram”, relata o jornalista. Segundo ele, sua cefaleia atinge a parte mais frontal da cabeça. “São como pontadas e costumo senti-las constantemente. Uso analgésico indicado pelo médico e tento conviver com o problema”, frisa André.

O neurologista Leonardo Halley explica que a maioria das cefaleias é desencadeada por pré-disposição individual do paciente e, geralmente, as dores costumam acompanhá-los por toda a vida. Segundo ele, a maioria é de casos primários, onde o problema não é sintoma de doenças mais graves, como aneurisma, meningite e tumores cerebrais, por exemplo. Entretanto, ele reforça a importância de procurar um especialista assim que as dores aparecerem e evitar a automedicação.

“Ao procurar o médico, ele investigará as causas da dor de cabeça e indicará o melhor tratamento. O que ocorre é que muitas vezes as pessoas acabam se automedicando e os analgésicos comuns não são indicados para uso diário, o que, certamente, poderá piorar a situação”, explica Leonardo. Uma das consequências disto, diz ele, pode ser o desencadeamento de uma cefaléia crônica.

Enxaqueca é o tipo mais comum da doença

O médico orienta que o paciente deve procurar orientações de um neurologista especialmente quando não tem histórico de dor de cabeça. “Os casos que mais preocupam são aqueles onde a pessoa nunca teve este tipo de problema e, repentinamente, passou a sentir dores contínuas e fortes”, reforça Leonardo.

O tipo mais comum de cefaléia é a enxaqueca, que se caracteriza por ser uma dor de forte intensidade, latejante e que pode vir acompanhada de náusea e incômodo com a claridade e o barulho. Mulheres estão entre as principais vítimas do problema, de acordo com o neurologista, e as crises costumam começar ainda na puberdade.

“Alguns alimentos, como frituras, chocolates e café podem desencadear as crises em alguns pacientes. Nos casos mais freqüentes, a indicação de certos medicamentos diários ajuda a prevenir as dores”, finaliza Leonardo.